A partir dos textos lidos discutiu-se sobre o tema LIMITES.
O tempo como um limite, por vezes aprisiona, por vezes nos capacita a nos organizar melhor e, com isso, poder desfrutar de mais coisas.
Antes de aprofundarmos no assunto, questionou-se se o limite é bom ou ruim; e a primeiro momento considerou-se que limite nunca é bom, cerceando pensamentos, atitudes, crescimento, e até mesmo o desenvolvimento. A defesa deste ponto se dá na natureza humana em provocar, forçar com que outros se moldem aos padrões de um indivíduo (ou de pequenos grupos) a outro individuos e a grupos, por vezes pequenos, porém até mesmo conformando grandes massas. [Neste ponto cabe lembrar da maneira impositiva da educação formal de décadas atrás que perdura em grande parte no ensino de hoje; políticos em época de campanha, tentando provocar a “grande massa” impondo seus conceitos; e mais, o que é de se lamentar, isso também é perfil de igrejas, empresas e até mesmo em famílias].
Vimos os limites familiares que fazem com que crianças sejam protegidas, protegidas de acidentes, pois inconscientes podem se colocar em lugares e situações que apresente, inclusive, risco de vida. Há situações no desenvolvimento humano que se não houver limites não serão contidas, e a falta de contenção provoca flacidez: flacidez de caráter, flacidez de personalidade, de compreensão da vida, do eu, do outro; os limites extra/intra-familiares flácidos geram deformidades de relacionamentos - nos interpessoais: não reconhecendo os limites de até onde e como podemos agir com esta ou aquela pessoa, e a fragilidade de vínculos que isso causa é grande - aí, como consequência, o tecido social se deteriora sem que nos demos conta disso - podendo ser tarde demais para alguns se não "socorrido" a tempo.
Outra questão é que se os limites durante a fase de adolescência não forem partilhados entre pais e filhos, a rigidez deste limite pode tornar este adolescente em um adulto "banana" ou trazer rebeldia por necessidade de conquista de espaço próprio.
Falou-se também da maior célula, a gema do ovo, que contém, protege seu conteúdo, e que se for rompida este escorre e a proteção deste conteúdo se vai; falou-se de sua flexibilidade que auxilia na resistência de certas "agressões" sofridas, porém, é também frágil e necessita de respeito e cuidado. Com a Vida é também assim, parte dos limites devem ser flexíveis, necessita-se respeita-lo pois é frágil e a cada "agressão" deve-se perceber que "dano" causado.
Falou-se também do limite atmosférico, que se sairmos dele sem equipamentos, morreríamos sufocados e queimados, pois não há oxigênio e a camada de ozônio não nos protegeria dos raios do sol.
Então considerou-se que limites devem ser observados com critério pois para cada caso seus valores, peculiaridades e desafios que são reais, não devem ser taxados meramente como bom ou ruim, não é a dimensão correta de análise, deve-se considerar muitos aspectos preliminarmente, e só então atitudes deverão ser tomadas, lembrando que, conforme a situação, as consequências inevitavelmente chegarão ... e nem todas elas serão agradáveis.