Alguns dias atrás, um rapaz, no mínimo curioso, me fez a seguinte intrigante pergunta:
“Onde você quer estar daqui a 15 anos?”
Minha primeira reação foi: Hein ??? Putz… (literalmente assim!)
“Responda rápido! Não vale pensar muito”, disse ele.
Bom, eu respondi. Disse que gostaria de ter sucesso profissional, um belo carro e um apartamento (básico).
É claro que eu teria um milhão de respostas para essa pergunta, se ela me fosse feita um milhão de vezes. Mas naquele momento considerei minha resposta satisfatória. Antes mesmo que eu pudesse perguntar alguma coisa fui novamente surpreendida com outra pergunta: “E o que você esta fazendo para isso acontecer?”
Pois é, o que estou fazendo para isso acontecer?
Respondi a ele novamente, mas essa pergunta ficou na minha cabeça todos os dias seguintes àquela conversa.
O que você esta fazendo para concretizar seu sucesso? Que qualidades um profissional precisa ter, hoje em dia, para ser bem sucedido? O que o mercado exige dele? Afinal, no que você quer investir para ser um bom profissional? No que é exigido ou no que acreditamos ser um diferencial? Mas o que consideram um diferencial não é o exigido?
Recentemente li algumas revistas que comentavam o assunto. Segundo elas, o perfil adequado para o profissional do futuro se define em algumas palavras: dinâmico, inovador, atencioso, tecnológico, inquieto, curioso, criativo, informal. Características da famosa “geração Y” – os nascidos nos anos 80. Ao ler essas definições sinto-me passando por um checklist: dinâmica? Confere. Curiosa? Confere. E assim vai…
Ouvimos dizer que faltam líderes no mercado, e com isso ganhamos “dicas”: deixe a ousadia falar mais alto, tenha humildade, seja humanista, mantenha a perseverança como diretriz, tenha feeling! Somos analisados, avaliados, treinados, desenvolvidos. Mas, para quem? Com que propósito?
Buscando informações para esse post, conversei com três ex-colegas de trabalho. Pessoas completamente diferentes, com atuação em setores distintos. Perguntei a elas o que estavam fazendo para concretizar seu sucesso profissional.
@izabelzinha (Jornalista) comentou que procura sempre avançar, reciclar-se. “Estamos sempre em mutação. Somos diferentes e vamos ficando diferentes. Pessoas que empacam em seu velho modo de ser, ficam para trás [...]”.
@giselle_gija (Jornalista) pensa em ousadia acompanhada da falta de medo. “Às vezes somos chamados a arriscar… e devemos ir! Trabalhar como loucos, dar tudo de si… mas se em algum momento você perceber que não era bem aquilo ou que não deu certo, paciência! É clichê, mas a gente sempre pode recomeçar!”
Já @daniono (Relações Públicas) acredita que não existem regras para ser um bom profissional e ganhar espaço no mercado. “[...] procuro ler sobre tendências, acompanho algumas palestras e grupos de discussões de comunicação. Temos facilidade para buscar coisas novas em qualquer tipo de veículo e a Internet é uma grande aliada”.
Acredito que a única pessoa capaz de definir como você deve trabalhar, o que deve fazer e por qual caminho deve seguir é você mesmo. Apesar de tudo o que nos é exigido, temos que ter consciência que o esforço não é valido se não o fizermos para o nosso benefício de acordo com a nossa vontade.
Na minha opinião, a autoavaliação e a satisfação profissional deveriam ser as principais características consideradas por essa geração tão mencionada no mercado e sucessora nas organizações (afinal de contas, estamos crescendo e chegando lá). Não digo que as outras características apresentam um valor menor. Pelo contrário, quem não gosta de inovar, ter uma boa idéia ou entender tudo das novas tecnologias? Porém, acredito que vale pensar em por que você busca esses itens.
É como a expressão que ouvimos: “nem tanto ao céu, nem tanto ao mar”. O intuito é colher a essência dos dois lados e promover o equilíbrio. Entendendo realmente o que se busca é a melhor maneira de conquistar o que se quer. E com isso o sucesso é inevitável.
E Você, que tipo de profissional/pessoa quer ser? Onde quer estar daqui a 15 anos?
por Natalia Guerra
Quem sou eu
DEFINITIVAMENTE:
Em constante mudança!
Não suporto o igual. O "para sempre" é inexistente prá mim... O legítimo: "tudo o que é demais enjôa".
Hoje lí:
"Para saber quem somos, basta que se observe o que fizemos da nossa vida. Os fatos revelam tudo, as atitudes confirmam. O que você diz - com todo respeito - é apenas o que você diz".
(Martha Medeiros)
Ví que ela tem razão...mas, eu teria tanta história para contar...
Meu professor Matiolla escreveu:
" Eu sou o processo da minha história: o que fui, o que consigo ser, e o que pretendo ser."
Mas me parece pequeno demais...
Porque sinto necessidade de detalhes. De mínimos detalhes.
Busco compreensão acerca de mim mesma. Posso dizer que nem eu me entendo.
Alguém disse:
"Não tente me entender, se nem eu mesma posso me compreender.
Apenas caminho e tiro de cada gota de vida o que preciso para viver".
Mas, ainda assim...preciso entender!
Quero buscar lá no meu íntimo, a minha essência...
Sorrir e cantar, por hábito.
Quero poder acordar de bom-humor, e saber ministrar a vida que brota dentro de mim...
Minha doce Aly diz pegando no braço: "isso aqui é só carcaça! Eu sou o que tenho aqui dentro". É bem assim...
Aqui dentro!
Mas, oh! Quanta coisa há aqui dentro! Quantas lembranças! Quantos desejos! Quantas críticas ainda tenho à fazer...
Vou sim, do doce e encantador, à extrema rebeldia...
Depende muito das pessoas...
Depende muito do momento...
Talvez eu seja, o que ninguém vê:
Os brinquedos que brinquei, as gírias que falei, o amor atordoado que vivi, a conversa séria que tive com a minha mãe, o abraço que tenho a oferecer, os direitos que tenho, os deveres que me obrigam...
Sou minha gargalhada, minha razão, meus sentimentos, meu amor incondicional...
Talvez eu seja "feita pro amor da cabeça aos pés, e não faço outra coisa do que me doar". Ou então, seja a fúria do mar expelindo a sujeira que as pessoas deixaram em mim...
Talvez eu seja apenas eu: carne e osso, dentes e músculos. Ou inteira sentimento...
Filósofa, poetiza, cronista, estudante de Direito...
Amante da simplicidade da vida!
Quero apenas inspirar e expirar...
Inspirar...
Expirar...
Deixar fluir...
Fluir, cada fração de segundo...
E sentir a vida...
Compreender a vida...
Construir a vida...
Cada dia...
Ellen Vieira.